We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

Corpos Abjetos

by Mau Sangue

/
  • Streaming + Download

    Includes unlimited streaming via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    Purchasable with gift card

      $7 USD  or more

     

1.
EXISTIMOS, RESISTIMOS Sujo caminho entorpecido Desolação em ruas escuras e sujas Vejo o medo nos olhos proibidos, Íntimos da morte à procura! A velha senhora sem piedade Entre sombras vivendo a espreitar Em segredos assoprando as velas De meus desejos a enterrar Sangrando em pé e sem fé Nunca serei o que você quer Desconstrução nos tornam armados, Perigo real para o estado Flores e velórios coletivos, Cães de guarda caçando os excluídos. Dentes rangendo por violência, Bombas contra nossa desobediência! Existimos, resistimos Nossa bandeira é negra Existimos, resistimos À opressão de suas regras
2.
Luz Mórbida 02:25
LUZ MÓRBIDA Apenas um brinquedo Mãos perversas a moldar. Incertezas e medos Me e derrubam dilaceras. Minha autoconfiança Em estado de ruínas. Memórias diluídas, Abusos e distorções Presa nesse seu jogo De me diminuir. Lama de insegurança Eu definho, você ri. Envenenamento lento De domínio e tormento. Já não sei quem sou Muito menos o que restou. Refrão: Sob sua luz mórbida Cada palavra sórdida Sob sua luz mórbida Me projeto no umbral
3.
A Peste 03:17
A PESTE Existência dedicada em aniquilar Não apenas a sua espécie. Regozijam sobre sua obra de miséria Como urubus em cima da carniça. Produzir cadáveres para o desperdício, Consumir sem consciência, Pensam ser superiores, mas são apenas vermes, Corroendo tudo por suas vidas sem sentido. Ponte Mãos vis controlam os mortos vivos, Obliterados por necessidades vãs, Servidão que enaltecem como liberdade, Arrastando uns aos outros pro abismo. Refrão (4x) Nós somos a peste Mãos vis controlam os mortos vivos, Obliterados por necessidades vãs, Servidão que enaltecem como liberdade, Arrastando uns aos outros pro abismo. Existência dedicada em aniquilar Não apenas a sua espécie. Regozijam sobre sua obra da miséria Como urubus em cima da carniça. Refrão (4x) Nós somos a peste
4.
O CAOS E AS ESTRELAS Os olhos mirando o infinito, A espera do nada como herança. Não há nada real no que vejo, No que toco, sinto ou desejo. Refrão: O caos e as estrelas (4x) Não busco sombras entre estrelas, Entre homens vazios e mentiras. Não acredito em nada que vejo, Na morte, na cruz ou em seu beijo. Refrão: O caos e as estrelas (4x)
5.
CORPOS ABJETOS Transfobia é exclusão, marginalização, agressões, homicídio! Mas quem se importa com 1 ou 1000 vai pra cova antes da hora? Pra muitos não passamos de CORPOS ABJETOS. Dizem que é escolha, Que seu deus não quer. Dizem que é doença, Que é só comprar a fé. Dizem que aceitam, Só se ninguém ver. Dizem que vivemos, Só pra perverter. Acham que é aberração Quem transgride os gêneros. Acham que existimos Pra viver à margem. Mortas nas esquinas, Quem vai se importar? Corpos abjetos Querem na escuridão. Liberdade incomoda Quem vive nas amarras Prontos pra apontar o dedo, Pra julgar e condenar Socialmente estigmatizadas, Rejeição por toda parte. Sob as sombras da exclusão Querem nos jogar. Acham que é aberração Quem transgride os gêneros. Acham que existimos Pra viver à margem. Mortas nas esquinas, Quem vai se importar? Corpos abjetos Querem na escuridão.
6.
Insubmissas 03:33
INSUBMISSAS Esteriótipos do tipo ideal Abuso físico e mental Nossos corpos como objetos Nossos sentimentos como dissenso Querem nossas vidas sem autonomia, Caminhada seguida de medo Ao mesmo tempo ousadia Em meio a tantas violências Que sofremos no nosso dia-dia São apenas meras estatísticas Que encobrem a misoginia Que despertam nossa rebeldia Refrão: Insubmissas Nos fortalecemos Transformando nossos medos Insubmissas Provocando sua miséria De nos ver como histéricas O mercado explora nossas diferenças Nossas condições zombadas no senado Nos corpos marcados Sofrimentos disseminados Nas mentes assustadas Nos traumas não cicatrizados Chega o tempo do levante Derrubemos o patriarcado Refrão: Insubmissas Nos fortalecemos Transformando nossos medos Insubmissas Provocando sua miséria De nos ver como histéricas Pior ainda são as mulheres negras da quebrada Relatos que não chegam nas suas mesas fartas Refrão: Insubmissas Nos fortalecemos Transformando nossos medos Insubmissas Provocando sua miséria De nos ver como histéricas
7.
UNIÃO DAS TRANSVIADAS Sociopatas no poder Tempos de perseguição Intolerância doentia, Hétero-cis-norma ou morte! Seus discursos de ódio Reverberam na nação, Nos querem mutiladas LGBTs na cruz. Sombrios são os ideais, Doutrinação contagiosa, Religião nazi-cristã, Querem nos exterminar O medo propagado Não nos paralisará Nossa força é imanente Nunca iremos retroceder! Refrão: União das transviadas - Não irão nos derrubar União das transviadas - Contra o fascismo social União das transviadas - Enfrentamos o seu ódio União das transviadas - Por respeito e equidade.
8.
Mau Sangue 04:28
MAU SANGUE Aquele vertiginoso sangue impuro dos vagabundos, das putas, do pobres, dos pretos, Como se fosse genético e não uma condição Construída e compartida Aquele subjugado na história e usado pra justificar fascismos de homens brancos, de dinheiro Estes que matam e torturam por bens e prestigio, a real parte apodrecida. Produtores da miséria mais brutal e vital pros seus desvarios homens de prestigio, genocidas E sem prejuízos Sujeitos quase invisíveis Se não fossem as noticias. De jornalecos sensacionalistas, Promovidos pelos mafiosos. Líderes religiosos, Dos mais poderosos Ou pelas mídias, monstruosos Templos de sonegação Refrão: Mau sangue – discriminados Mau sangue – esfacelados Mau sangue – amordaçados Mau sangue – assassinados E podridão pra alimentar E zombar da miséria E esconder suas falcatruas Mais imundas, escondidas

credits

released January 1, 2020

Bateria gravada no Estúdio Duna por Francisco Bueno
Guitarras, Baixo e vocais gravados DIY por Karine Profana
Masterizado por Karine Profana
Produzido por Karine Profana e Mau Sangue
Todas as músicas por Mau Sangue
Arte da capa por Rayra Costa
Foto por Ana Bárbara dos Santos
Diagramação por Karine Profana

license

all rights reserved

tags

about

Mau Sangue São Paulo, Brazil

contact / help

Contact Mau Sangue

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Mau Sangue, you may also like: