1. |
Existimos, Resistimos
02:56
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EXISTIMOS, RESISTIMOS
Sujo caminho entorpecido
Desolação em ruas escuras e sujas
Vejo o medo nos olhos proibidos,
Íntimos da morte à procura!
A velha senhora sem piedade
Entre sombras vivendo a espreitar
Em segredos assoprando as velas
De meus desejos a enterrar
Sangrando em pé e sem fé
Nunca serei o que você quer
Desconstrução nos tornam armados,
Perigo real para o estado
Flores e velórios coletivos,
Cães de guarda caçando os excluídos.
Dentes rangendo por violência,
Bombas contra nossa desobediência!
Existimos, resistimos
Nossa bandeira é negra
Existimos, resistimos
À opressão de suas regras
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2. |
Luz Mórbida
02:25
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LUZ MÓRBIDA
Apenas um brinquedo
Mãos perversas a moldar.
Incertezas e medos
Me e derrubam dilaceras.
Minha autoconfiança
Em estado de ruínas.
Memórias diluídas,
Abusos e distorções
Presa nesse seu jogo
De me diminuir.
Lama de insegurança
Eu definho, você ri.
Envenenamento lento
De domínio e tormento.
Já não sei quem sou
Muito menos o que restou.
Refrão:
Sob sua luz mórbida
Cada palavra sórdida
Sob sua luz mórbida
Me projeto no umbral
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3. |
A Peste
03:17
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A PESTE
Existência dedicada em aniquilar
Não apenas a sua espécie.
Regozijam sobre sua obra de miséria
Como urubus em cima da carniça.
Produzir cadáveres para o desperdício,
Consumir sem consciência,
Pensam ser superiores, mas são apenas vermes,
Corroendo tudo por suas vidas sem sentido.
Ponte
Mãos vis controlam os mortos vivos,
Obliterados por necessidades vãs,
Servidão que enaltecem como liberdade,
Arrastando uns aos outros pro abismo.
Refrão (4x)
Nós somos a peste
Mãos vis controlam os mortos vivos,
Obliterados por necessidades vãs,
Servidão que enaltecem como liberdade,
Arrastando uns aos outros pro abismo.
Existência dedicada em aniquilar
Não apenas a sua espécie.
Regozijam sobre sua obra da miséria
Como urubus em cima da carniça.
Refrão (4x)
Nós somos a peste
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4. |
O Caos e as Estrelas
03:18
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O CAOS E AS ESTRELAS
Os olhos mirando o infinito,
A espera do nada como herança.
Não há nada real no que vejo,
No que toco, sinto ou desejo.
Refrão:
O caos e as estrelas (4x)
Não busco sombras entre estrelas,
Entre homens vazios e mentiras.
Não acredito em nada que vejo,
Na morte, na cruz ou em seu beijo.
Refrão:
O caos e as estrelas (4x)
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5. |
Corpos Abjetos
02:24
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CORPOS ABJETOS
Transfobia é exclusão, marginalização, agressões, homicídio!
Mas quem se importa com 1 ou 1000 vai pra cova antes da hora?
Pra muitos não passamos de CORPOS ABJETOS.
Dizem que é escolha,
Que seu deus não quer.
Dizem que é doença,
Que é só comprar a fé.
Dizem que aceitam,
Só se ninguém ver.
Dizem que vivemos,
Só pra perverter.
Acham que é aberração
Quem transgride os gêneros.
Acham que existimos
Pra viver à margem.
Mortas nas esquinas,
Quem vai se importar?
Corpos abjetos
Querem na escuridão.
Liberdade incomoda
Quem vive nas amarras
Prontos pra apontar o dedo,
Pra julgar e condenar
Socialmente estigmatizadas,
Rejeição por toda parte.
Sob as sombras da exclusão
Querem nos jogar.
Acham que é aberração
Quem transgride os gêneros.
Acham que existimos
Pra viver à margem.
Mortas nas esquinas,
Quem vai se importar?
Corpos abjetos
Querem na escuridão.
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6. |
Insubmissas
03:33
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INSUBMISSAS
Esteriótipos do tipo ideal
Abuso físico e mental
Nossos corpos como objetos
Nossos sentimentos como dissenso
Querem nossas vidas sem autonomia,
Caminhada seguida de medo
Ao mesmo tempo ousadia
Em meio a tantas violências
Que sofremos no nosso dia-dia
São apenas meras estatísticas
Que encobrem a misoginia
Que despertam nossa rebeldia
Refrão:
Insubmissas
Nos fortalecemos
Transformando nossos medos
Insubmissas
Provocando sua miséria
De nos ver como histéricas
O mercado explora nossas diferenças
Nossas condições zombadas no senado
Nos corpos marcados
Sofrimentos disseminados
Nas mentes assustadas
Nos traumas não cicatrizados
Chega o tempo do levante
Derrubemos o patriarcado
Refrão:
Insubmissas
Nos fortalecemos
Transformando nossos medos
Insubmissas
Provocando sua miséria
De nos ver como histéricas
Pior ainda são as mulheres negras da quebrada
Relatos que não chegam nas suas mesas fartas
Refrão:
Insubmissas
Nos fortalecemos
Transformando nossos medos
Insubmissas
Provocando sua miséria
De nos ver como histéricas
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7. |
União das Transviadas
02:55
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UNIÃO DAS TRANSVIADAS
Sociopatas no poder
Tempos de perseguição
Intolerância doentia,
Hétero-cis-norma ou morte!
Seus discursos de ódio
Reverberam na nação,
Nos querem mutiladas
LGBTs na cruz.
Sombrios são os ideais,
Doutrinação contagiosa,
Religião nazi-cristã,
Querem nos exterminar
O medo propagado
Não nos paralisará
Nossa força é imanente
Nunca iremos retroceder!
Refrão:
União das transviadas - Não irão nos derrubar
União das transviadas - Contra o fascismo social
União das transviadas - Enfrentamos o seu ódio
União das transviadas - Por respeito e equidade.
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8. |
Mau Sangue
04:28
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MAU SANGUE
Aquele vertiginoso sangue impuro
dos vagabundos, das putas, do pobres, dos pretos,
Como se fosse genético e não uma condição
Construída e compartida
Aquele subjugado na história
e usado pra justificar fascismos de homens brancos, de dinheiro
Estes que matam e torturam por bens e prestigio,
a real parte apodrecida.
Produtores da miséria mais brutal e vital pros seus desvarios
homens de prestigio, genocidas
E sem prejuízos
Sujeitos quase invisíveis
Se não fossem as noticias.
De jornalecos sensacionalistas,
Promovidos pelos mafiosos.
Líderes religiosos,
Dos mais poderosos
Ou pelas mídias, monstruosos
Templos de sonegação
Refrão:
Mau sangue – discriminados
Mau sangue – esfacelados
Mau sangue – amordaçados
Mau sangue – assassinados
E podridão pra alimentar
E zombar da miséria
E esconder suas falcatruas
Mais imundas, escondidas
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